Os Mortos

Pois é, meus amigos.
A sexta-feira de finados no Brasil repete uma bela tradição. Reverenciar os mortos... ou os vivos, bem vivos aliás.
Enquanto preparo os documentos para o pedido de visto que me permitirá me reunir novamente ao Simone em UK e ali finalmente contruir nossa vida, eu vivo temporáriamente (como tem sido tudo em nossas vidas) numa pensão proxima ao centro de SP e, por consequencia, cheia de jovens gays como eu.
É muito estranho para mim, ver como essa comunidade se agita e se anima om a chegada do dia de finados. Não por seu significado mas por suas possibilidades. Aqui no Brasil esse tipo de ocasião é conhecida como "feriado-prolongado" ou "feriadão" e não tem nada a ver com a reverência a data em si, mas apenas uma desculpa para a festa. Festa da independência, festa do Natal, festa dos Pais ou Mães... festa dos mortos. Uma oportunidades para sair, ver e ser visto. Festas em boates gays em SP mostram quão rasa pode ser a vida de um homem gay. Não só no Brasil. O mesmo deve ocorrer no Soho inglês ou em L.A ou em NY. Essa critica seria injusta se não incluisse toda a nossa sociedade. Como um todo nunca fomos tão rasos. A comunidade gay apenas potencializa e caricaturiza isso como nenhuma outra.
Enchemos os clubes e festas pela cidade, enquanto isso, os cemitérios estão vazios...

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